Desde de criança imaginava histórias, deixava de brincar com amigos para brincar com as bonecas e com elas vivenciar as histórias criadas por mim, iniciei minha escrita muito jovem e aos 13 anos o enredo de “Pedras sem valor” começou a ter seu esqueleto.
O primeiro vislumbre da trama apareceu com a leitura do conto “Nova Califórnia” de Lima Barreto”, a princípio, o livro foi criado para ser uma novela, mas a escrita dramaturga não estava sendo suficiente, tive que narrar não apenas atos de personagens, mas seus pensamentos mais profundos e assim o livro virou romance
No início, a trama era formada por duas partes, a primeira contendo o desabrochar do relacionamento de Maria Luísa e Otávio e seus dramas familiares causados pela loucura de seus pais em acharem diamantes na cidade de Cristália, e a segunda parte com a volta de Otávio a cidade com outro codinome em busca de justiça, a parte I foi substituída por Flashbacks e com o tempo o enredo foi descrito, tive que inclusive interromper sua escrita para pesquisar com mais cuidados a Geografia de Minas Gerais e processos de formação de diamantes.
A história foi criada tendo como personagens principais Maria Luísa e Otávio, mas não pude deixar de dar uma vida a mais aos personagens coadjuvantes, o romance de Susana e Pedro, querendo ou não, estaria entrelaçado demais ao grande mistério envolvido nas tragédias vividas por Otávio e Maria Luísa para ser resumido e confesso que com o tempo a personagem Diego foi ganhando carinho demasiado para não lhe dar o brilho merecido.
Quanto ao núcleo vivido no Hospital Municipal de Cristália onde os protagonistas trabalhavam, confesso que foi fortemente influenciado pelas sérias : Grays Anatomy e Plantão Médico, além da novela “Quatro por Quatro” que apresentava um lado humano e realista da medicina, já o contexto político foi advindo de tantos escândalos que vivenciamos a cada dia em nossos telejornais.
Então é isto, espero que gostem da leitura de “Pedras sem valor” da mesma forma que curti escrevê-lo
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